Li este livro em Janeiro deste ano.Achei-o curioso. Nunca pensei em escrever o que quer que fosse sobre ele, pois não queria partilhar com ninguém as sensações que me deixou.
No entanto, de há uns tempos para cá, não me “sai” da cabeça, nem do corpo.
É raro o dia em que não me lembre dele, apesar de já ter lido mais 15 livros. Assim, resolvi ceder ao meu egoísmo inicial e resolvi escrever algumas frases sobre ele.
FOME vem-me à cabeça e fico enregelada. Um frio que se agarra à pele, um frio solitário.
A narração é o jogo do “Rato e do Gato". A vida “endireita-se” um pouco, e logo o protagonista a põe “torta” - o gato apanha o rato, mas logo o deixa escapar.
Por amor aos outros, o protagonista passa fome... ou por masoquismo?
Para se testar? Determinar o limite da degradação física que ainda lhe permita ter ideias para escrever?
É um jogo entre as resistências física e intelectual e a morte.
No fim, o jogador abandona a mesa do jogo (ou terá ganho o jogo?), parte… Provavelmente, para outro jogo.
M.T.