Cada vida pode ser contada como um romance - diz Isabel Allende. Não duvido, pois a minha também poderia...
Costumo pensar que a VIDA vive (se é que a VIDA vive!) num constante Carnaval. Senão vejamos: damos uma volta e, mesmo ao virar da esquina, ela prega-nos uma partida. Às vezes irrito-me com estas brincadeiras. Curiosamente, quando isso acontece, o livro certo surge no meu caminho. Aconteceu com Paula e, mais recentemente, com Pó Branco.
Foi assim que conheci a Madalena. Uma força da Natureza num tempo onde as regras não davam liberdade à vontade...
A história conta-se através da sua correspondência, das suas criações de arte, da sua poesia. Mas conta-se, acima de tudo, através da sua imensa coragem disfarçada num conselho ou num sorriso franco. Um sorriso que abarcava o mundo...
O livro encontrou-me (graças à gentil oferta de uma colega, uma sobrinha da Madô - como era conhecida entre os amigos) e, sem querer, a Madalena começou a fazer parte daqueles que recordo pela sua capacidade de marcar a diferença num mundo de iguais...
Tal como Paula, Madalena - o Pó Branco como se definia - passou por mim e deixou um rasto profundo...
Há livros assim: também passam por mim e não me deixam esquecer de passar por eles.
Esses são os de sempre e para sempre...